segunda-feira, 14 de julho de 2008

RESUMO: LIVRO IRACEMA



ALUNA: EDENIR SANTOS SILVA DE SOUZA
CURSO: PEDAGOGIA - 1º PERÍODO
RESUMO: LIVRO IRACEMA
AUTOR: JOSÉ DE ALENCAR
Ao escrever Iracema, o autor José de Alencar menciona a insatisfação de um escritor português, que disse que os portugueses da América Latina deveriam possuir uma literatura peculiar ou elementos para formá-la. Para José de Alencar essa crítica seria para disfarçar o desgosto de ver a jovem nacionalidade brasileira destacar-se do velho tipo lusitano, ou seja, com o Brasil livre de Portugal, os brasileiros, principalmente os escritores, queriam buscar sua identidade. José de Alencar recebeu críticas quanto à ortografia, e por isso em sua obra Iracema, destaca frases e parágrafos, explicando e mostrando que não há erros, nem ortográficos e nem de interpretação.
A história contada no livro Iracema, é uma lenda cearense, criada em cima dos costumes e crenças das nações indígenas. Mostra um relacionamento nada amigável entre os tabajaras e os potiguares. Era um amor proibido que nasceu entre Iracema e Martim. Iracema era a virgem tabajara, que guardava o segredo do deus tupã, relacionado aos sonhos dos guerreiros quando tomavam uma bebida preparada por ela. Iracema era filha de Araquém, feiticeiro dos tabajaras, Martim era o guerreiro branco que ao perder-se vai parar nas terras dos tabajaras. Antes de perder-se, ele estava hospedado na tribo dos potiguaras. Nesse momento dá para perceber que havia amizade entre índios e brancos, o problema é que os potiguaras eram inimigos dos tabajaras.
Ao ver Martim Iracema se apaixona, leva-o a cabana de seu pai Araquém, para proteger-lhe dos guerreiros tabajaras, e principalmente, de Irapuã, chefe da nação tabajara. Martim é protegido mas não pode permanecer na cabana, então busca socorro com os potiguaras, especialmente com seu amigo Poti. Nesta mesma noite Iracema revela a Martim o segredo dos sonhos, por causa disso o deus Tupã a abandona. Iracema percebendo que não há mais lugar para ela na tribo, vai morar com Martim na terra dos potiguaras, onde o chefe é Jacaúna irmão de Poti, amigo de Martim, o castigo para Martim seria a morte, mas Iracema trai o seu povo, indo viver com Martim como marido e mulher.
Passado algum tempo, o amor dos dois já não era o mesmo, Iracema engravida. Martim precisa ir para a batalha e Iracema começa a sentir-se só e muito triste.
Enquanto Martim está na batalha com Poti e seus guerreiros, nasce Moacir, que quer dizer: filho da dor. Iracema triste e fraca aguarda a chegada do marido, mesmo sem saber se ele retornaria ou não, pois antes de partir já havia expressado o desejo de abandoná-la.
Com a chagada de Martim, Iracema diz: - recebe o filho de teu sangue, era tempo, meus seios ingratos já não tinham alimento para dar-lhe (...) o doce lábio emudeceu para sempre; o último lampejo despediu-se dos olhos baços. Assim morre Iracema deixando seu filho nos braços do pai. Martim recebe a criança e realiza o último desejo de Iracema, a enterra aos pés do coqueiro à beira do rio.
Essa é mais uma história de amor que causa sofrimento por desigualdade. Iracema ficou contra seu povo, para seguir seu grande amor. O pouco tempo que conseguiu viver, com certeza foi feliz. A solidão profunda tirou-lhe a vida, mais deixou Moacir, fruto de seu sangue amor e símbolo da miscigenação entre índios e brancos.

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